As línguas de três países lusófonos presentes na Expo 2010, em Xangai, — Brasil, Cabo Verde e Timor-Leste — são o inglês e o chinês. A Guiné-Bissau até figura como país francófono, com o identificativo «Republique du Guinee-Bissau».
Pergunta-se:
• Como quinta língua mais falada em todo o mundo, a probabilidade de falantes do português visitarem a exposição não é relativamente elevada?
• Com um público crescente a aprender português, inclusivamente na China, não é motivador, para o novo falante do português, ver/ler textos funcionais escritos em português?
E, finalmente, a pergunta resumativa: Como promover a língua portuguesa se ela não aparece nos eventos internacionais de grande impacto?
Perguntávamos aqui, recentemente, se o português não teria palavras a menos. Na actualização deste dia, pelo contrário, ponderamos se o português não terá palavras a mais... Veja-se o caso da abundância lexical em visionar, visualizar e ver.
Ou será o português uma língua sem equilíbrio nem proporção? Uma coisa é certa, nenhuma língua natural emergiu de um padrão lógico-matemático, mas da pura necessidade e criatividade expressiva da comunidade de falantes que a fala. Como é que daqui, ainda assim, decorrem aspectos de elevada sistematicidade é o que fascina os linguistas.