A coincidir com a abertura do ano lectivo em Portugal, como que a entrar num tempo de mais seriedade após as férias, a imprensa dá mostras de investir no poderoso universo da língua. É o que transparece da entrevista à professora Maria Helena da Rocha Pereira, publicada na revista Única do semanário Expresso (11 de Setembro de 2010).
São sinais evidentes de inquietude, indícios inequívocos de reflexão… de consciência do valor da nossa língua.
Testemunho do poder representativo da língua portuguesa, o poema Língua-mar, de Adriano Espínola, publicado na rublica Antologia desta edição, traduz a imprescindível identificação do falante ao seu idioma – «Língua em que navego, marinheiro, na proa das vogais e das consoantes» –, fértil no universo sugestivo («Língua de sol, espuma e maresia»).
Um outro sinal positivo de inquietude… e de afirmação linguística é anunciado pela publicação de um novo dicionário em Moçambique.
Em resposta às inquietações sobre o uso correcto da língua, a nova actualização debruça-se sobre casos críticos do falar quotidiano, a origem, a grafia e o significado de palavras e de expressões idiomáticas.