A língua portuguesa foi excluída das escolas de elite francesas, Escola Normal Superior (ENS) e Polytechnique. A ADEPBA (Associação para o Desenvolvimento dos Estudos Portugueses, Brasileiros e da África e Ásia lusófonas) lança movimento de protesto. Fica, então, provado que para expandir e consolidar o português no mundo não basta traçar planos e reagir aos factos: há que fazer qualquer coisa pelo meio.
Uma investigação mastodôntica: um corpus de 15 milhões de livros, correspondente a 4% de todos os livros impressos desde a Bíblia de Gutenberg (1450) — digitalizados pela Google Books; objectivo: traçar a evolução do léxico e de estruturas linguísticas e, concomitantemente, de ideologias, teorias científicas, crenças e factos históricos, ao longo de séculos. O trabalho é de um matemático, estudante de doutoramento em Harvard, Erez Lieberman Aiden.
As línguas visadas são o inglês, o francês, o alemão, o espanhol, o hebraico, o russo e o chinês. Aparentemente, o português não é uma língua com representatividade editorial. Também neste âmbito faltam acções consequentes.
Com ou sem essa representatividade, o certo é que o Lyrikline incluiu 22 poetas lusófonos na sua base de dados, o que resulta num punhado de poemas declamados num português de várias normas. Para começar, não está muito mal.
«Antigamente, imaginava-se que, no português, só havia uma modalidade de língua, que era a língua-padrão. Então, se o aluno usava uma gíria ou se o aluno usava um verbo numa regência que não fosse a normal, a normativa, o professor dizia “Isso não se diz”. Ora, como não se diz?» Leia aqui o resto de interessante entrevista de Evanildo Bechara a O Povo Online.
Nenhum consulente perguntou (ainda), mas podia ter perguntado: de onde vem o nome Wikileaks? Antecipamos a resposta, via RTP:
O Ciberdúvidas fará uma pausa durante o Natal e o Ano Novo, que se prolongará até finais de Janeiro, por motivos de reestruturação do sítio. Por conseguinte, o formulário para perguntas dirigidas ao consultório ficará bloqueado durante esse período.
Entretanto, porém, novos textos irão sendo postos em linha nas várias rubricas disponíveis aqui. O consultório será também actualizado, para dar resposta às perguntas que chegaram mais recentemente.