Tem sido mais ou menos consensual que as sete mil línguas do planeta possuem certos traços profundos comuns. Esta assunção remonta naturalmente a Noam Chomsky e aos conceitos de faculdade de linguagem e gramática universal: bastam apenas algumas regras generativas gerais para que possa ocorrer a montagem de todas as peças da estrutura fundamental de qualquer língua. Mas uma equipa liderada pelo neozelandês Russell Gray, da Universidade de Auckland, num estudo publicado muito recentemente na revista Nature, veio provar que não. Gray e os seus colaboradores examinaram 2000 línguas de quatro árvores genealógicas diferentes e constataram que os padrões de evolução linguística previstos por Chomsky não se verificaram.
Mais estudos virão a seguir a este, seguramente.
João Malaca Casteleiro, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, afirmou recentemente que o português pode ser língua oficial da ONU.
Poder, pode, de facto, mas há que trabalhar para isso e atalhar, em tempo útil, situações como as que foram desveladas pela conselheira das Comunidades Portuguesas na Austrália, e que vão da falta de material didáctico à falta de coordenação entre escolas até à falta crónica de apoio financeiro.
No programa do Cuidado com a Língua!, RTP 1, do dia 18, às 21h25*: a crítica e professora de Dança Maria José Fazenda é a cicerone de Diogo Infante ao universo do ballet. Ou será, antes, balé? E haverá alguma diferença com o termo bailado? E como se diz pateada no Brasil? E o plural de híper: “hípers”, ou “híperes”? Finalmente: sobre o Acordo Ortográfico, algumas das mudanças mais significativas nas anteriores reformas na escrita do português.
*Com repetição nos demais quatro canais da televisão pública portuguesa, ficando ainda disponível na página da RTP na Internet, no sistema podcast.