1. A influência das línguas africanas no português do Brasil e, nomeadamente, no que a norma culta considera como erros de concordância é tema de uma conversa com Tjerk Hagemeijer, investigador do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, no programa Língua de Todos, de sexta-feira, dia 15 de Julho, às 13h15*, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 9h15*).
Por sua vez, na emissão de Páginas de Português (de domingo, dia 17, às 17h00, na Antena 2), a aceitabilidade, a gramaticalidade e o erro destacam-se como tema central, em que se dá voz às reflexões/opiniões de Heloísa Ramos, autora do livro escolar brasileiro Por Uma Vida Melhor, e da linguista portuguesa Margarita Correia sobre questões como: Será aceitável admitir, como aconteceu recentemente no Brasil, que o registo popular (do tipo: "Nós pega o peixe" ou "nós vai") esteja também correcto, embora violando as normas da gramática do registo culto? O «falar correcto» é uma forma de discriminação social e política? E a escola deverá reconhecer como válida a diversidade de variantes linguísticas, como se defende no livro?
* Hora oficial de Portugal continental
2. Neste tempo de crise em que «o pagamento a dívida assume um papel central», um novo termo emerge — dividocracia — para representar uma realidade protagonizada pelo governo, pelo Estado, neologismo comentado por Paulo J. S. Barata na rubrica O Nosso Idioma.
3. O uso correcto do léxico — de gentílicos pouco conhecidos (de Hadramaute ou Hadramute, região do Sul da Arábia); da terminologia editorial ou gráfica (a expressão «no prelo»; do advérbio abaixo ou «a baixo» e gramaticamente ou gramaticalmente; do verbo desencaroçar ou descaroçar; do plural dos compostos de dois substantivos — e da ortografia (fuzil, o afiador de facas) dominam as respostas da actualização do consultório.
Uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas está disponível também no Facebook.