Na semana que ora termina, os nossos consulentes concentraram as suas perguntas em quatro grandes áreas: em primeiro lugar, o léxico (13 perguntas); depois, a sintaxe e a etimologia a receberem o mesmo número de perguntas (8 perguntas cada); e, finalmente, a morfologia (6 perguntas).
Não admira que o léxico venha à frente nesta lista. Quis saber-se se esta ou aquela palavra existe, com este ou aquele significado, muitas vezes pressupondo que essa existência depende da tranquilizadora entrada num dicionário. Contudo, nem sempre assim é, porque os vocábulos, num dado momento, podem ser construídos ou importados doutras línguas.
Além disso, na construção de frases (sintaxe), continuam a chegar-nos perguntas sobre o se apassivante («vendem-se casas» ou «vende-se casas»?) ou à volta do uso do conjuntivo numa oração subordinada. E se a origem dos nomes comuns é certamente intrigante, já no domínio da morfologia foram de novo os plurais – como os das palavras compostas e os das palavras terminadas em -ão – que suscitaram um maior número de interrogações.
A propósito do que se voltou a ouvir – e a escrever – sobre a confusão entre o grama e a grama, fica também em linha mais um excelente Pelourinho da nossa consultora Maria João Matos.
Entretanto, voltamos a chamar a atenção para três iniciativas que reforçarão o conhecimento e uma melhor utilização da Língua Portuguesa. São elas: o recente acesso via Internet da MorDebe – Base de dados morfológica do português; a 8 de Novembro, o lançamento de um CD-ROM relativo ao Projecto Diversidade Linguística na Escola Portuguesa; e, a 23 de Novembro, a apresentação do Dicionário Temático da Lusofonia.