1. Congratulamo-nos com a notícia de que o Ministério de Educação de Portugal já não vai retirar o Português do conjunto de exames obrigatórios para conclusão do Ensino Secundário (12.º ano). A decisão foi tomada na sequência do parecer desfavorável do Conselho Nacional de Educação a uma proposta de alteração. Recordamos que esta ia no sentido de apenas realizarem este exame os alunos que frequentassem o curso de Língua e Literaturas, os quais, como se sabe, constituem uma minoria. Quando todos reconhecem em Portugal que os alunos que chegam à nossas faculdades mostram ainda lacunas graves no domínio da língua escrita e falada, seria de toda a inoportunidade dispensar a grande maioria dos jovens portugueses de uma prova de língua materna.
2. Relativamente às respostas que nos vão chegando, gostaríamos de manifestar a nossa satisfação pelo grande número de consulentes do Brasil, que em muito têm contribuído para a reflexão sobre esta nossa língua comum. Apesar das diferenças – que necessariamente existem em qualquer língua, ainda mais se ela tem uma dimensão intercontinental –, é-nos grato assinalar esta presença atenta.
3. A propósito das diferenças do Português de Portugal e do Brasil, voltou a falar-se por estes dias do "congelado" Acordo Ortográfico, como se pode ler nas Notícias Lusófonas.
4. Uma chamada de atenção, ainda, para um novo Pelourinho, que reata a discussão à volta de uma pergunta já tradicional nesta época do ano, o plural de Pai Natal. Se tem dúvidas, descubra aqui.
5. Por último, lembramos que no Correio se encontram achegas, pedidos de esclarecimento e observações de muitos consulentes sobre temas que não estão directamente no âmbito da discussão do funcionamento linguístico. Sugerimos a leitura de duas mensagens: “Imolar e emular” e “Dificuldade de leitura em textos narrativos”.