1. Vamos imaginar que o consulente está a ler (ou a reler, como agora sói dizer-se) a Confissão de Lúcio, de Mário de Sá-Carneiro. Encontra-se nesta passagem:
«Com efeito, ainda hoje, às tardes maceradas, eu não sei evitar numa reminiscência longínqua a saudade violeta de certa criaturinha indecisa que nunca tive, e mal roçou pela minha vida. Por isto só: porque ela me beijou os dedos; e um dia, a sorrir, defronte dos nossos amigos, me colocou em segredo o braço nu, mordorado, sobre a mão.»
É fundamental o significado de mordorado para o entendimento da sequência? Não é. Mas mordorado dá não só a imagem perfeita do braço nu, como também o filtro cultural de época para o contemplar.
2. Há registos em que se pratica a elisão da conjunção que numa completiva. Saiba quais.
3. Como saber que um adjetivo, verbo ou nome subcategoriza um complemento quando o teste de supressão de constituinte não resulta na agramaticalidade da frase?