A obra de Guimarães Rosa é uma obra exigente. Parte dessa fama advém do léxico: arcaísmos, regionalismos e neologismos convivem lado a lado na mesma página:
«Quanto aos neologismos, o poeta João Cabral de Melo Neto relataria que, em seu convívio com o autor de Sagarana, presenciara Guimarães Rosa dizer que alguns vocábulos ele próprio, Rosa, os fabricava, quiçá por engenho e alquimia. Por esta insólita razão linguística, o singular inventor reivindicava para si uma espécie de certificado de paternidade: “— Esta palavra eu mesmo a fiz, Cabral”» (in Por que ler Grande Sertão: Veredas).
Quanto mais extenso um período é, mais risco há de falta de coesão intrafrásica e, por conseguinte, mais custos traz para o leitor. Este é um dos fundamentos do movimento Plain Language (linguagem clara). Apesar das limitações, há boas intenções nesse movimento.
Na emissão de Páginas de Português de domingo, 25 de março (às 17h00* na Antena 2): uma conversa com o secretário executivo do IILP, o linguista brasileiro Gilvan Müller de Oliveira, a propósito do anunciado portal para o ensino do português, língua não materna.
No programa Língua de Todos de sexta-feira, 23 de março [às 13h15, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 9h15*)]: o que distingue o português de Angola das outras variedades africanas da língua portuguesa? Uma conversa com a professora Liliana Inverno, investigadora do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa.
A Ciberescola da Língua Portuguesa — sítio na Internet promovido pelo Ciberdúvidas que detém uma oferta única de recursos interativos de ensino da língua (materna e estrangeira) —, para poder manter, no curto prazo, a gratuitidade e universalidade dos seus serviços, necessita de receitas advindas de acordos com várias entidades. Informamos, por isso, que divulgamos serviços e produtos, sob várias modalidades, no sítio da Ciberescola. Contactar através de ciberescola@ciberduvidas.pt; tel.: +351 232 613805.