«A língua portuguesa e eu somos um casal de amantes que, juntos, procriam apaixonadamente» (João Guimarães Rosa).
«Decerto que eu amava a língua. Apenas não a amo como a mãe severa, mas como a bela amante e companheira» (in Carta a João Condé, de Guimarães Rosa).
Minha pátria, minha línguaLinha pátria, minha míngua
Juro-te, se fores minha gramática
Eu serei tua sintaxe. […]
Seremos não mais uma língua
e seu falante
Tão só uma palavra (uma palavra simples)
e o seu não menos discreto
amante.
(Rui Zink)
Pequenos excertos de declarações de amor de dois escritores de países diferentes, mas cúmplices no mesmo sentimento de entrega ao idioma que os une — a língua portuguesa —, testemunhos literários que se assinalam na Antologia, a rubrica onde se encontram os textos dos grandes autores à roda da língua-mãe.
As questões práticas da língua são igualmente importantes. «Sentar(-se) na mesa», ou «sentar(-se) à mesa»? E o nome Tibúrcio é apelido ou uma alcunha? Regência, discurso e etimologia são, portanto, os temas das duas novas respostas deste dia.
Pelas razões já anteriormente expostas, o consultório do Ciberdúvidas encontra-se interrompido.