1. Nas Notícias Lusófonas, damos conta de uma petição em defesa do ensino das línguas clássicas no Ensino Superior e Secundário em Portugal. Trata-se de uma iniciativa oportuna, porque o legado histórico do português parece hoje andar desvalorizado. É certo que os avanços tecnológicos encontram a sua designação no inglês, mas reconheça-se que mesmo nesta língua existe uma poderosa e produtiva componente lexical de origem greco-latina. Não vale, pois, a pena pensar que as línguas clássicas constituem um domínio irrelevante do saber e que, sem perda de tempo, os nossos jovens precisam é de adquirir competências que lhes garantam um futuro à frente de um computador. Esperar isto deles pode, para alguns, ser o que o mundo actual exige; mas não chega para formar mulheres e homens na sua humanidade, dimensão que foi justamente descoberta e debatida em textos gregos e latinos. Foi aqui que o Renascimento do século XVI buscou exemplo, lançando as bases do pensamento moderno. E é a essa herança que a nossa língua comum muitas vezes regressa para achar palavras e encontrar-lhes sentido.
2. Como é habitual, deixamos cerca de 60 respostas que foram sendo postas em linha ao longo da semana que finda (ver Respostas de Hoje e Respostas Anteriores).
3. Recordamos ainda que no programa Páginas de Português se falará do futebol e da sua linguagem.
4. No Correio, Edite Prada responde a uma pergunta sobre a importância da linguística para a construção da cidadania.
5. E finalmente, no Pelourinho, continuamos atentos ao desleixo linguístico na comunicação social.
Boa leitura.