1. Um poema de Manuel Alegre («Até que a escrita trema/e então do fundo da memória/um corpo e o mar/um cheiro de alfazema e de salgema/um acento circunflexo um til um trema/um nome que noutro nome se dizia/um erro no ditado umas letras redondas/uma rosa por dentro da caligrafia/a praia um rosto as ondas»). Um novo texto de Edno Pimentel à volta dos usos do português em Angola, neste caso mau uso («Tens de estudar advogacia»). E, ainda, um outro, de opinião, Para as urtigas com a Lusofonia! — que, pela sua natureza, fica disponível na rubrica Controvérsias. Com eles se faz a presente atualização do Ciberdúvidas, em tempo ainda de férias. E que melhor traço comum para os assinalar do que a emblemática letra-canção de Caetano Veloso Língua?
2. As consabidas dificuldades para a viabilização de um projeto da especificidade do Ciberdúvidas trazem, recorrentemente, a ameaça da sua cessação. É o que acontece, de novo, com o fim do último apoio mecenático, o da Fundação Vodafone Portugal. Ganha por isso maior emergência, ainda, a campanha SOS Ciberdúvidas, dinamizada por um generoso grupo de consulentes que não dispensam o serviço que aqui se presta em prol da língua portuguesa, já lá vão 16 anos. É o apelo que, por isso, reiteramos: Faça aqui o seu donativo. O nosso obrigado a todos.