O aspeto das nossas cidades é atualmente marcado, ora com sentido estético, ora por puro vandalismo, pela presença de graffiti (ou grafitos) e murais nos espaços públicos. Em português se manifesta espontaneamente uma arte urbana que preenche as paredes de São Paulo, Maputo ou Luanda. E Lisboa não é exceção, como documenta uma reportagem da SIC Notícias, de 27/10/2013, sobre a homenagem que três cultores desta linha plástica decidiram prestar à língua portuguesa e à diversidade das culturas que nela encontram expressão.
Ainda a propósito da nossa língua comum, recorde-se que se apresenta neste dia a nova Gramática do Português, no âmbito da conferência Os Livros e a Leitura: Desafios da Era Digital, realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Sobre este trabalho coordenado pelo Centro de Linguística da Universidade de Lisboa e pela referida fundação, são de salientar as palavras do professor universitário português Viriato Soromenho-Marques, em crónica saída no Diário de Notícias, de 28/10/2013: «Esta gramática fala-nos do nosso maior ativo histórico: uma língua de onde se vê o mar, como escreveu Vergílio Ferreira, e que constitui uma pátria da inteligência e sensibilidade para todos os que nela se queiram acolher.»
No Pelourinho, José Mário Costa depara-se com dois erros de vão de escada, enquanto Paulo J. S. Barata comenta a confusão do substantivo aura com o adjetivo áurea. Entretanto, no consultório, discutem-se tópicos relativos à ortografia, à classificação de palavras e à análise sintática.
Pelas razões já aqui expostas, o futuro deste projeto consagrado à língua portuguesa depende igualmente dos seus consulentes – daí o reiterado apelo à participação na campanha SOS Ciberdúvidas. Agradecimentos antecipados.