Há topónimos cuja escrita escapa totalmente ao controlo da norma nacional por questões de identidade e política regionais. Em Portugal, ficou famoso o caso de Rans, antes Rãs, freguesia de Penafiel, no distrito do Porto, recuperando uma forma anterior à implantação da República, à revelia da ortografia mais recente. E no Brasil? Há casos muito mais notáveis, sendo um deles Bahia: o Formulário Ortográfico de 1943 abria uma exceção para esta grafia, que, mesmo hoje, continua a ser usada oficialmente. É, pois, neste contexto que uma das novas respostas discute a legitimidade da forma escrita de outro topónimo brasileiro: trata-se de Paraty, que deveria ser Parati, mas guarda ciosamente o particularismo desse y como toque de distinção em terras de Vera Cruz. Ainda no consultório, retomam-se os temas das maiúsculas iniciais e da boa formação de palavras.
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