1. Sobre o falecimento de José Craveirinha, outro poeta moçambicano, Luís Carlos Patraquim, escreveu no “Público”: «É uma figura tutelar da literatura africana de língua portuguesa [que] inseriu no texto a sua condição híbrida ao cantar épica e liricamente um país que havia de nascer. Entendo este hibridismo não só no sentido rácico do termo mas de experimentação da língua. Tendo como línguas maternas o ronga e o português, ele faz desse hibridismo uma proposta poética nova (…) com profundas raízes na cultura africana.». Que outra língua se reclama assim da pujante miscigenação dos seus maiores cultores?
2. Vários consulentes têm-nos enviado sugestões e críticas para a melhoria do grafismo e da pesquisa do Ciberdúvidas. Lamentando não podermos ser mais céleres, como tanto desejaríamos, fica no entanto a boa notícia: neste segundo mês do regresso do Ciberdúvidas, começaremos a introduzir graduais melhorias para a sua tão reclamada «simbiose entre a forma e o conteúdo».