O facto de a língua portuguesa ser hoje partilhada por uma vasta comunidade de falantes é consequência de uma visão e acção — com sucessos, fracassos e tragédias, é certo — de um punhado de gente que se pôs a mexer.
E, na actualidade, qual é a visão dominante? Cavaco Silva sublinha as potencialidades culturais e económicas decorrentes da partilha da língua entre os países lusófonos (o que quer dizer que tal facto não está a ser considerado como suficientemente evidente e mobilizador); Fernando dos Santos Neves refere-se ainda ao Acordo Ortográfico como peça-chave da «unificação institucional e plural da língua portuguesa».