1. As dúvidas sobre a língua que falamos surgem-nos quando nos vemos confrontados no dia-a-dia com casos cuja construção nos parece estranha. É o que acontece com a ortografia de certas palavras pouco usuais, com o valor dos neologismos, com os gentílicos, com a construção de certos enunciados e, até, com o sentido dos provérbios…
Sinal evidente de reflexão sobre a complexidade da língua, as questões apresentadas pelos consulentes são reveladoras do desenvolvimento da consciência linguística, conducente ao conhecimento explícito — o funcionamento da língua.
Porque do jogo entre o certo e o errado, o correcto e o incorrecto, o legítimo e o agramatical, a norma e a variante… emerge o domínio linguístico.
2. Entre escrever e escrever bem há uma grande distância. Por isso, a proposta de uma oficina de escrita é sempre bem-vinda. Na Fundação de Serralves, no Porto, entre 7 de Outubro e 9 de Dezembro, vai decorrer um «Atelier de Escrita — Homens e Bichos» dinamizado pelo escritor Mário Cláudio.