Há o estudo e há os factos: para a promoção de uma língua não conta apenas o número de falantes mas também (e principalmente?) a dinâmica cultural, económica e científica assumida pela comunidade linguística em causa. No ano passado saiu o estudo dirigido por Carlos Reis que atestava o desfasamento entre o elevado número de falantes do português e os níveis pouco expressivos da presença da língua no mundo. Na proporção inversa, o facto: na semana passada, a II Edição dos Prémios Pompeu Fabra distinguiu a empresa Google por esta adoptar uma política que permitiu a integração da língua catalã nos serviços disponibilizados.
E, afinal, qual o papel de um texto normativo como o do Acordo Ortográfico na promoção da língua? A discussão continua, em Portugal.
No consultório — que retoma nesta data as suas actualizações, de segunda a sexta-feira, após o interregno no período entre o Natal e o Ano Novo —, vale a pena passar em revista alguns tópicos de interesse:
• quando é que o presente perifrástico equivale ao presente simples nas formas de conjuntivo, numa frase complexa?
• qual a " fonte" de ambiguidade estrutural e semântica numa frase complexa?
• quando é que as formas verbais conjugadas pronominalmente devem acentuar-se graficamente?
A secção Antologia foi também actualizada, com o texto Poema à boca fechada, de José Saramago.