Em França, os estudantes de Italiano são quase 300 mil; os de Espanhol, 3 milhões, e os de Português, apenas 30 mil. É uma constatação, entre outras possíveis. Esta, em particular, foi feita por Sanches Ruivo, responsável pela Cap Magellan, a primeira associação de luso-descendentes criada na Europa.
Os efeitos desta situação giram sozinhos no carrossel da inércia: a falta de visibilidade da língua e da cultura dos emigrantes acarreta dificuldades na integração no país de acolhimento; a falta de integração impede a mobilidade social; o acantonamento social é propício ao abandono escolar das segundas e das terceiras gerações de emigrantes.
Foi ontem lançado o projecto Portuguese Culture, uma selecção que dentro de três anos disponibilizará traduções, para o inglês, de obras de autores lusófonos, desde que os temas visados sejam relativos a Portugal e à cultura portuguesa. O patrocínio é da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.
Vital Moreira, no seu artigo regular do Público, evidencia a obrigatoriedade jurídica e a responsabilidade de a imprensa portuguesa adoptar o Acordo Ortográfico.