Está em preparação a definição de metas de aprendizagem para o ensino básico. Foi esta a justificação dada pelo Ministério da Educação português para a decisão de adiar a entrada em vigor dos novos programas de língua portuguesa dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos.
A reacção da comunidade não foi positiva: estavam a decorrer acções de formação sobre os novos programas e os manuais escolares estavam a ser ultimados. Uma dúvida assoma na consciência de todos: trabalho deitado fora?
Tudo irá bem se acabar bem. Neste caso, acabar bem é aumentar o fluxo efectivo das aprendizagens dos alunos, de modo a tirar Portugal do 12.º lugar abaixo da média dos países da ODCE no que toca ao desempenho linguístico. Na lista de competências tem de estar, por exemplo, saber distinguir o registo escrito do registo oral.
Há muito trabalho a fazer no que toca à formação de professores de língua não materna a leccionar no estrangeiro. Maria de Lourdes de Almeida, membro do Conselho das Comunidades Portuguesas, caracteriza como «grave» a falta de professores de português qualificados, na Venezuela.
O próximo programa Páginas de Português (Antena 2, dia 21, 17h00*) é dedicado à presença e às políticas para a língua portuguesa no Oriente. Por exemplo, em Goa: quatro séculos e meio de presença em Goa resultaram numa cultura singular que se reflecte nas gentes, na arquitectura, na música, na literatura e nalgumas tradições religiosas. O que ficou, se misturou ou se perdeu? O que se está a fazer? Ficam os pareceres e testemunhos de dois goeses: o historiador Teotónio R. de Sousa, professor da Universidade Lusófona, e o ex-deputado Narana Coissoró, da Fundação Oriente.
Entretanto, ouça aqui o último programa.
*Hora oficial de Portugal continental.