Faleceu na madrugada de sábado, dia 13 de Março, o jornalista português José Gabriel Viegas, vítima de cancro no pâncreas.
Grande amigo do Ciberdúvidas desde a sua fundação, muito este projecto lhe é tributário pela sua continuidade, depois do súbito falecimento de João Carreira Bom, de quem foi colaborador muito chegado.
Profissionalmente, José Gabriel Viegas destacou-se ainda antes do 25 de Abril de 1974, quando, no exílio, foi jornalista-locutor nas emissões em português da France Inter, o canal internacional da rádio pública francesa, que ombreava com a BBC grande popularidade nos meios oposicionistas e anticolonialistas em Portugal e nas suas então colónias africanas.
Com a instauração da democracia em Portugal, regressou ao país trabalhando em vários órgãos de informação, primeiro na RDP e na RTP, entre 1974 e 1975. Depois, integrou os quadros redactoriais da então agência de notícias Anop e dos já extintos jornais Diário de Lisboa, A Luta e O Século.
Colaborador de outras publicações como a revista Sábado, foi no semanário Expresso, como crítico literário (nomeadamente de obras de história contemporânea mundial), que mais se destacou a sua intervenção na imprensa nacional nos últimos vinte anos. De sólida cultura humanística, a política internacional – e, em particular, a da zona dos Balcãs – foi outra das suas áreas preferidas, onde era considerado um especialista.
Integrou o júri do Prémio Crónica João Carreira Bom, em homenagem ao co-fundador do Ciberdúvidas, concretizado graças ao generoso patrocínio da Vodafone Portugal.
José Gabriel Viegas trabalhava no departamento de comunicação institucional, assessorando directamente a sua responsável, Luísa Pestana, presidente executiva da Fundação Vodafone.
Na política, integrou em 1978 o gabinete do então secretário de Estado da Cultura do II Governo Constitucional português, António Reis.
Ler aqui a notícia da agência de notícias Lusa.