Que consequências tem para o indivíduo ler abundantemente? Há anúncios que, mediante estratégias diversificadas, apelam às muitas virtudes da leitura.
Mas raramente encontramos uma mensagem de incentivo à leitura que toque no cerne do processo: o desenvolvimento da competência linguística do leitor.
Pensemos, por exemplo, no vocabulário: só pela leitura é possível travar conhecimento com novas palavras que nos levam a conhecer novas realidades que, de modo empírico, nunca conheceríamos, como sejam entidades científicas ou factos históricos. Depois há o encadeamento hierarquizado de blocos de frases, que nos conduzem por raciocínios novos, que nunca teriam lugar fora da língua, fixada num longo registo escrito. Não é aliás por acaso que o desenvolvimento da escrita e da literatura foi um passo fundamental para a afirmação e prestígio das línguas.
Apoderarmo-nos de um modo de falar é apoderarmo-nos de um modo de pensar e ser.
Há hoje tendência para se ler mais do que no passado? Porque não organizar miniolimpíadas da leitura? Porque é que não basta ler os resumos das obras e ver os filmes baseados nos clássicos? O que interessa não é a história?
Sobre este tema, deixamos neste dia três sugestões de leitura: