«Se não se perceber o processo que está por detrás de uma língua, não se é capaz de aprender.» Rafael Salaberry, professor no departamento de Espanhol e Português na Universidade do Texas, refere-se ao ensino do português como língua não materna, mas a assunção é válida também para o ensino do português língua materna. Concomitantemente, Salaberry conclui a respeito da excessiva crença nos meios tecnológicos, no que toca à aprendizagem de línguas. De facto, estes não são a panaceia no processo de aprendizagem. Mas também não são os cerceadores da evolução linguística dos falantes. São apenas um instrumento.
Isso mesmo defendeu Paulo Markun, jornalista e escritor brasileiro, no programa Câmara Clara do dia 25 de Abril de 2010, na RTP 2, em contraponto diferido com Mário de Carvalho, escritor português: a causa da limitação vocabular dos jovens de hoje não está na Internet, que é muito mais do que blogues e redes sociais, porque a Internet é apenas uma ferramenta, podendo, como tal, ser usada eficazmente ou não.
Construções naturais, pouco naturais, gramaticais e agramaticais, correctas ou incorrectas... Muitos consulentes perguntam-nos: Posso ou não posso escrever X? A resposta raramente é liminar. Em Sobre o uso de frases simples, da actualização deste dia, o consulente encontra, a este propósito, um exemplo paradigmático.