«Muito fácil», «fácil de mais» — foi esta a reacção dos alunos da Escola Delfim Santos (Benfica, Lisboa) ao exame de 9.º ano. Ano após ano, os jornais e as televisões colhem as opiniões dos alunos à saída dos exames de Português — e os juízos repetem-se: «Muito fácil.»
Paralelamente, Maria do Carmo Vieira faz a avaliação do ensino do Português em Portugal, num recente livro da sua autoria, lançado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, presidida por António Barreto. O livro intitula-se O Ensino do Português e faz duras críticas àquilo que se considera ser a dependência dos manuais escolares por parte dos professores, bem como à forma como é ensinada a gramática e, enfim, à ausência geral de rigor e ao vazio de conteúdos, capaz de transformar o programa Morangos com Açúcar em série educativa.
Em que mapa toponímico vem Magaliesburgo? Eis um caso de uma necessidade sazonal de designar topónimos e gentílicos que não vêm nos dicionários, prontuários ou enciclopédias de língua portuguesa.
No programa Língua de Todos desta semana (RDP África, dia 18, 13h15*, com repetição no dia seguinte, às 9h15*): a língua como poder, nos países africanos de língua oficial portuguesa, na opinião do escritor angolano José Eduardo Agualusa. E, a propósito do Mundial de futebol na África do Sul, um texto-reflexão do escritor moçambicano Luís Carlos Patraquim, escrito para o Ciberdúvidas, à volta da campanha publicitária sob o mote do feeling e dos Black Eyed Peas: “A vuvuzela dos anglicismos”.
*Hora de Portugal continental.