Há um verbo para designar a acção de dizer o que se crê falso: mentir. Mas não há nenhum verbo para referir o acto de acreditar numa mentira ou numa inverdade. Também não há nenhum verbo para designar a acção de acreditar no que se quer acreditar ou de desejar ser enganado. O português é uma língua analítica, cheia de construções perifrásticas, e na captação de um conceito nem sempre está envolvido um único lexema, mas vários.
Outro tema forte da actualização deste dia é a forma dos gentílicos: de Otava, Jacarta, Niassalândia e Riade.
O Centro de Linguística da Universidade do Porto vai acolher, de 20 a 23 de Julho, o professor Joaquim Brandão de Carvalho, da Universidade de Paris VIII, que leccionará o Curso Avançado «A medida da complexidade em Fonologia».
No programa Língua de Todos desta semana (RDP África, dia 25, 13h15*, com repetição no dia seguinte, às 9h15*): uma conversa com o embaixador moçambicano Miguel Mukaima, num balanço sobre a política linguística em Moçambique, nos 35 anos da proclamação da independência do seu país, em 25 de Junho de 1975. Outro tema: qual a origem da expressão «Cair que nem ginjas»?
*Hora de Portugal continental.