Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Maria Bolton Professora Londres, Reino Unido 431

Agradecia que me clarificassem quando «garantir que...» pede conjuntivo.

As seguintes frases não me parecem corretas:

a) «Como vamos garantir que todos os que nos procuram serão tratados com a dignidade e a humanidade que merecem?»

Não devia ser «SEJAM tratados»?

b) «Como garantir que a inteligência artificial será ética e segura?»

c) «Temos agora de garantir que os governos respondem à chamada.»

d) «Como garantir que Portugal ficará pobre para sempre?»

Obrigadíssima.

Leandro da Silva Lima Professor Guarulhos, Brasil 467

É correto dizer «Morre fulano de tal» no lugar de dizer «Fulano de tal morreu»?

O que me motivou a fazer essa pergunta é o fato de ser, no mínimo, muito comum ver a primeira forma ser utilizada nos noticiários quando uma pessoa famosa falece.

Desde já, grato.

Luísa Pinto Professora Mouriz/Paredes, Portugal 455

No excerto:

«O último elemento do grupo, o narrador, não era tão sonhador como os outros e, por isso, não via forma nenhuma naquela nuvem. Para não ficar mal perante os outros, ele afirma que vê um hipopótamo. Perante tal afirmação, toda a gente ficou espantada.»

As classes e subclasses das palavras via e para são, respetivamente, verbo principal transitivo direto e indireto (seleciona complemento direto e complemento indireto) e conjunção subordinativa final?

Obrigada.

Manuel Mexuto Reformado Porto, Portugal 459

Não encontro informação nas gramáticas sobre a perífrase ia+gerúndio em contextos como «um míssil ia apanhando Zelensky», quer dizer, com o valor de que esteve quase a apanhar o tal.

Podem dar uma ajudinha?

Maria Rodrigues Professora Lisboa, Portugal 556

A frase «Precisamos de descobrir a gramática da bondade.», retirada de O pequeno caminho das grandes perguntas. (Porto: Quetzal, p. 77), de José Tolentino Mendonça, concretiza um ato de fala compromissivo ou diretivo?

Obrigada pela vossa atenção.

Carla Santos Curiosa Ponta Delgada, Portugal 399

Gostaria que me esclarecesse qual constitui um melhor uso da lingua: a frase «Rogou a Deus para que lhe desse saúde», «Rogou a Deus para lhe dar saúde» ou «Rogou a Deus que lhe desse saúde». Será que as frases são todas aceitáveis?

Grata pela vossa disponibilidade.

Simão Pinto Estudante Faro, Portugal 475

 

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 413

Por favor, a frase:

«O técnico brasileiro chamou o novo talento para a seleção.»

O verbo chamar nesta frase é verbo transitivo direto e indireto?

O termo «para seleção» é objeto indireto? Ou qual a função sintática do referido termo?

Obrigado.

Diogo Pereira Tradutor São Romão Coronado, Portugal 511

Começo por agradecer o ótimo serviço que prestam aqui no Ciberdúvidas. Tornou-se uma ferramenta extremamente útil para ajudar a melhorar o nosso uso da língua.

A minha questão:

É muito frequente encontrarmos, em ambiente de tradução, expressões em inglês do género: «this feature helps you achieve better results», que, sendo gramaticalmente corretas e seguindo a intenção do texto de partida, traduziríamos como «esta funcionalidade ajuda-o a alcançar melhores resultados».

No entanto, é cada vez mais comum a exigência de neutralidade de género nas traduções. Para conseguirmos essa neutralidade, tem-se visto e usado muitas vezes algo como «esta funcionalidade ajuda a alcançar melhores resultados», sendo que, em alternativa, se poderia dizer algo como «esta funcionalidade dá uma ajuda para alcançar melhores resultados», o que resulta numa frase maior e mais complexa, algo muitas vezes não desejado no ambiente de tradução.

Aproveito para referir que se mantém o verbo ajudar na tradução, uma vez que o texto de partida não pretende dar garantias sobre a eficácia de tal funcionalidade, mas sim indicar que o seu uso pode dar certos resultados.

Este distanciamento é subentendido como uma forma de o autor do texto original de se ilibar de responsabilidades no caso de o uso de tal funcionalidade não dar os resultados pretendidos pelo utilizador da mesma. Neste caso, estamos a omitir o complemento direto.

Sendo ajudar um verbo transitivo, parece errado omitir o complemento direto. No entanto, uma breve pesquisa na Internet revela que o uso de ajudar sem complemento direto, em estruturas semelhantes, está bastante disseminado.

Posto isto, gostaria que me esclarecessem, se possível, se:

– há flexibilidade para omitir o complemento direto e, se sim, em que casos o poderemos fazer;

– a estrutura «ajudar a» + verbo no infinitivo é válida, à luz do exposto acima.

Desde já agradeço a vossa disponibilidade e bom trabalho.

Maria Helena Cunha Docente Batalha, Portugal 2K

Num livro de português para estrangeiros, de uma editora portuguesa, encontrei a designação de «futuro imperfeito do indicativo» para a conjugação de verbos no futuro simples. Qual a origem do imperfeito nesta designação? Muito obrigada.