Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

«Sitiada no segundo piso do estádio, com acesso pela porta 27, a Benfica TV ocupa uma zona reservada a camarotes» (Sábado, n.º 485, 14 a 21 de agosto de 2013, p. 87).

Crónica do jornalista Wilton Fonseca publicada no jornal i de 7-02-2013, a propósito de um “tropeção” (ministerial). Diz o autor: «Não vivemos nem somos reféns das audiências, mas ser visto e ser "ouvisto" pelos portugueses é também uma razão para justificar o investimento que os portugueses pagam [para o serviço público de audiovisual].»

Esta é daquelas gralhas danosas. O que pretendia ser vestuário surge grafado como vestiário!? Aconteceu no jornal diário gratuito Metro, numa notícia sobre a exposição mediática na Internet, em que uma mãe escreve sobre a filha:

«Noutra noite, descobri que me tinha Googlado via “Google Imagens”, para me mostrar a uns amigos novos. O que descobriu foram algumas fotos de mim em lingerie que acompanhavam um texto sobre vestiário feminino» (Metro n.º 1688, de 26 de junho de 2012).

Quando, num texto, uma gralha é particularmente danosa, costumo utilizar a frase: «isso não é uma gralha, é um corvo», jogando aqui com o duplo sentido da palavra. Admito que a use por os corvos serem aves de maior porte do que as gralhas e necrófagos, portanto, particularmente nefastos. Não sei sequer onde ouvi a expressão, ou quem a cunhou, mas costumo usá-la.

Já se tornou um hábito o Diário de Notícias (DN) distribuir, nos meses de Verão, uma colecção de livros. São normalmente pequenos livros de bolso de bons autores. Já se tornou um hábito também essas edições terem, por vezes, pouca qualidade, quer do ponto de vista da obra de livro, quer sobretudo do cuidado posto na revisão dos textos. Este ano não foi excepção. É óbvio ...

O ser humano, enquanto falante e enquanto escrevente, usa, muitas vezes, de forma inadequada determinadas palavras. Ou então pronuncia-as ou escreve-as incorrectamente.

Com as novas tecnologias consagram-se, muitas vezes, lapsos antigos ou surgem outros novos.
Perguntaram-me, há dias, o que significava a palavra "fornia". Depois de pesquisar em todos os dicionários a que tive acesso e nada ter encontrado, recorri à Internet e verifiquei que, em português, a palavra tinha uma utilizaç...