A questão anterior relacionava-se com o passado da frase «acho que o livro está na biblioteca». E ambas as formas sugeridas pela consulente são possíveis, embora possa haver variações ao nível da região em que cada uma delas é mais usual e, sobretudo, a nível do sentido. Na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, refere-se a diferença entre aquilo que cada um dos modos indica (a certeza, a realidade, para o indicativo e a dúvida, a eventualidade, para o conjuntivo). No entanto, a determinada altura afirma-se que «o Indicativo é usado geralmente nas orações que completam o sentido de verbos como afirmar, compreender, comprovar, crer (no sentido afirmativo), dizer, pensar, ver, verificar».
Por seu lado, o conjuntivo usa-se nas orações dependentes «de verbos cujo sentido está ligado à ideia de ordem, de proibição, de desejo, de vontade, de súplica, de condição e outras correlatas. É o caso, por exemplo, dos
verbos desejar, duvidar, implorar, lamentar, negar, ordenar, pedir, proibir, querer, rogar e suplicar» (cf. pág. 464, 5.ª edição, Setembro de 1988).
Espero ter respondido à sua dúvida.