Com as formas indicadas, não encontro registo do apelido em questão. No entanto, José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, acolhe a forma Marouba, que é topónimo de Ponte de Lima (Norte de Portugal), com origem no nome comum marouba, «variedade de cereja». O mesmo autor também regista o apelido Marouvas, sendo de opinião que tem origem numa alcunha formada a partir do referido nome comum.
Não se julgue, porém, que este apelido é exclusivo do Norte de Portugal. O Tratado das Alcunhas Alentejanas, de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva (Lisboa, Edições Colibri, 2003), indica que existe como apelido a forma Marova e Marovas, na zona Montemor-o-Novo e Redondo (Alentejo).
Se Maroubo tem que ver realmente com todas estas formas, assinale-se que a etimologia proposta por Machado é contestada. A. de Almeida Fernandes, na Toponímia Portuguesa (Arouca, Associação para a Defesa da Cultura Arouquense, 1999, pág. 413), escreve o seguinte:
«Não creio que as cerejas (frutos) originassem, e conservassem, um topónimo. Quero ver aí o pré-romano Merobio, séc. VI, e não o derivado "*amarouba", de "amaro" (cerejas amargas, como de facto são).»
Por outras palavras, para Fernandes, é mais provável que o topónimo Marouba, de Ponte de Lima, seja anterior à conquista romana da Península Ibérica. Isto poderia querer dizer que, em última análise, o sobrenome Maroubo é a adaptação desse nome lugar a nome de família. Mas assim também não se contradiz a hipótese de Maroubo ter mesmo origem na designação de um tipo de cereja, porque a homonímia não é caso raro quando se trata de substantivos próprios.