Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Bernardo Luz Engenheiro Aeronáutico Torres Novas, Portugal 42

Em inglês, o útil termo misnomer designa «um nome que é aplicado incorrectamente ou inadequadamente», como por exemplo panda-vermelho (que não é panda, nem sequer da família dos ursos). Será considerável como um tipo de solecismo?

Qual seria um bom equivalente para esta palavra em português? "Erronome"/"erronímico" (e daí "erronomia")? "Irracionome"/"irracionímico" ("irracionomia")?

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 43

Quais são os respetivos gentílicos das capitais da Argentina e do México?

Isso no idioma português. Sabem me dizer na realidade?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Paraguai 44

Aluísio Azevedo, em Casa de Pensão, pág. 233, diz: «Qual, nhô, ele está assim "a" um 'ror de dias!»

Não deveria ser «há» ou «faz um ror de dias»?

Muitíssimo obrigado!

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 42

Por favor, a frase: «Sujou-se com graxa para compor o personagem.»

Qual a classificação do sujeito do verbo «sujou-se»? Qual a função sintática do pronome se?

Obrigado

Sara Graça Ferreira Neves Professora Sazes do Lorvão, Portugal 42

A minha dúvida prende-se com a subclasse dos verbos, considerando a ativa e a passiva.

A propósito da frase «Quando a pergunta me foi feita» (não estando expresso o complemento agente da passiva), encontrei uma ficha com uma questão para indicar a subclasse do verbo fazer, dando como solução transitivo indireto. Ora, esta situação levou-me a considerar o porquê de se admitir que o complexo verbal passivo peça complemento indireto (me) e se ignore o facto de o sujeito da frase passiva constituir um complemento direto na ativa. Ou seja, na ativa o verbo fazer é transitivo direto e indireto.

Passando para a passiva, essa classificação mantém-se (uma vez que a ação é a mesma) ou altera-se?

Mas, se é diferente, por que motivo consideraram que o complexo verbal «foi feita» pede complemento indireto (comum à ativa e passiva – «foi feita a quem?») e não se considera que selecione também complemento agente da passiva («foi feita por quem?»), não existindo nas subclasses do verbo principal uma para este tipo de complemento...(o transitivo indireto seleciona complemento indireto ou oblíquo, mas não encontrei em nenhuma gramática o complemento agente da passiva).

Faz-me confusão considerar o que é óbvio (o me que se mantém nas duas formas) e ignorar o que fica por esclarecer...

Reconhecendo que esta seria daquelas perguntas que não se fazem, a estar feita, surgiu-me a dúvida e, independentemente da utilização da questão da ficha, gostaria de a esclarecer.

Guilherme Rodrigues Estudante Vitória, Brasil 46

Li a seguinte citação, apud Celso Luft:

«[...] não se deve pôr entre vírgulas o advérbio situado entre o verbo e o complemento. Hoje isso é prática comum, mas indefensável, no jornalismo e no estilo oficial. Escreve-se, por exemplo: ‘chegou, ontem, de São Paulo’ ‘não recuperou, ainda, os sentidos’ ‘comprou, agora, duas casas’; ‘demitiu-se, também, do Ministério’. Não há pausa em tais sequências: portanto, não se justifica a vírgula. Só num caso, excepcional, de ênfase ou de cabível relevo (Gladstone Chaves de Melo, Gramática fundamental da língua portuguesa, 3. ed., Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1978, p. 248).»

Se possível, gostaria de saber mais informações sobre essa regra. Costumo utilizar esse tipo de vírgula para isolar o advérbio, então fiquei receoso de estar cometendo um equívoco. Contudo, não encontrei outros materiais tratando (,) especificamente(,) do tema.

Muito obrigado!

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 42

Normalmente, as conjunções subordinativas atraem os pronomes. No entanto, na frase que se segue é possível que o pronome destacado venha depois do verbo?

«Odeia-o porque ver-SE casada com ele será um inferno.»

Obrigado.

Iago Maia Estudante Dourados, Brasil 42

Gostaria de saber se há alguma diferença entre os verbos supor e pressupor.

Seria bom apresentar exemplos de uso ou fornecer mais detalhes para demonstrar como esses termos são aplicados em diferentes situações.

Agradeço a quem puder elucidar a minha dúvida sobre essa distinção.

Ruslán Akhmetzyanov Professor Ufá, Rússia 42

Queria perguntar se se pronuncia a letra R que vai depois das letras S, N ou L como R forte, da maneira espanhola ou não.

Por exemplo a palavra honrar – [onřar] no lugar de [onrar].

Obrigado.

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 42

Num contexto mais específico, a questão é: «autor-matriz» ou «autor matriz»?

Num contexto mais abrangente, a questão é: justifica-se (e, se sim, em que medida) o uso de hífen em «matriz»?

Muito obrigado.