O Dicionário Houaiss, o Novo Dicionário Aurélio, o Dicionário Priberam, a Infopédia, o Dicionário de Sinónimos e Antónimos do jornal Público, por exemplo, apresentam o termo jurista como sinónimo de jurisconsulto, isto é, «indivíduo de grande conhecimento jurídico, especialmente aquele que dá consultas e emite pareceres sobre questões do direito» (Dicionário Houaiss).
Porém, se formos à raiz do vocábulo em análise, verificamos que jurista deriva do francês juriste, «aquele que é especializado na ciência do direito», do latim medieval jurista (Dicionário Houaiss). Neste sentido, por exemplo, o Moderno Dicionário da Língua Portuguesa (Lexicoteca, Círculo de Leitores), o Dicionário Enciclopédico Koogan/Larousse e o Dicionário Actual da Língua Portuguesa (Edições ASA) definem também jurista como «estudante de direito», «pessoa que conhece, que defende as leis», «advogado».
Deste modo, e perante impasses deste género, nada melhor do que consultar a opinião de especialistas na matéria. Assim, Manuel da Silva Gomes, associado sénior da Sociedade de Advogados PLM e secretário-geral da Associação Portuguesa para o Direito do Ambiente, por exemplo, considera que, actualmente, o termo jurista é comummente utilizado de forma bastante lata, significando justamente estudante de direito, pessoa que conhece e que defende as leis, advogado, em sintonia, portanto, com as definições propostas pelos últimos dicionários citados, e em aproximação também à palavra-mãe francesa juriste. Em conclusão, para o referido advogado especialista em direito do ambiente, os jurisconsultos farão parte, tal como, por exemplo, os advogados, e até os estudantes de direito, do abrangente grupo dos juristas. No fundo, ainda na opinião de Manuel da Silva Gomes, podemos dizer que um jurista será uma espécie de «homem das leis».1
1 Comunicação pessoal de Manuel da Silva Gomes.