As respostas deste dia giram à roda da reflexão sobre a construção dos enunciados, o que conduz, impreterivelmente, ao universo da sintaxe. Área complexa da linguística que a muitos pode parecer um mundo restrito aos especialistas, a realidade é que a sintaxe não sobrevive sem os mais simples discursos de todos nós.
Muitas são as questões que se podem levantar, sobretudo, a nível da clareza de uma frase, devido à ausência do paralelismo sintático, à hesitação no domínio da concordância numa frase com predicado nominal… Importa entrar-se na especificidade da análise sintática, tendo em conta diferentes sentidos do verbo, para se verificar a possibilidade de novas leituras sobre a função de uma determinada estrutura e para nos apercebermos de que não é possível a separação dos constituintes de cuja união resultou um novo conceito, como é o caso de do constituinte preposicionado «na praia».
Intimamente ligada à semântica e à morfologia, a sintaxe não descura a atualização da terminologia linguística (como, por exemplo, dos conetores), para que daí resulte a classificação correta das frases e orações.
Até 13 de maio, todos os caminhos vão dar ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, onde se encontram novos livros e livros usados, novos autores e autores consagrados, espetáculos de música e de dança, exposições, todo um programa variado da 82.ª edição da Feira do Livro.
Nesta semana, o programa Língua de Todos (de sexta-feira, dia 11, às 13h15*, na RDP África, com repetição no dia seguinte, pelas 09h15) é dedicado aos provérbios e à literatura oral em língua portuguesa e, nomeadamente, em África.
Por sua vez, na emissão de Páginas de Português de domingo, 13 de abril, às 17h* (Antena 2): uma conversa com o linguista brasileiro Gilvan Müller de Oliveira, num balanço da sua atividade como diretor do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, em cujo âmbito decorrem os trabalhos para a elaboração do Vocabulário Comum da Língua Portuguesa dos oito países da CPLP.
* Hora oficial de Portugal.