Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Controvérsias O português e as patentes europeias
Polémicas em torno de questões linguísticas.
A soberania contra a língua

« (...) Quando apagamos o Português na patente unitária europeia, entronizando três línguas (Alemão, Francês e Inglês), desferimos um golpe brutal. Logo no plano simbólico, intuitivo para as percepções espontâneas, quem leva a sério o Português "terceira língua europeia global", se, escolhidas três, nós não estamos? Como levar a sério se Portugal assina por baixo? Como levar a sério se Portugal assina, com quebra das garantias dos tratados? (...)»

[Segundo artigo do autor, em resposta ao artigo "A pseudodefesa do português", do eurodeputado português (PSD) Paulo Rangel. Desta mesma controvérsia, sobre a exclusão do português do sistema de patentes da União Europeia, ver ainda o segundo artigo de resposta do mesmo autor, “A bravata serôdia contra o português” + “A fraude da patente unitária europeia”+ "Portugal não deve aderir ao Acordo da Patente Europeia" + "O eurolusocídio" + "Patente da UE: um imperativo nacional" + "Estamos à altura da língua que temos? Um teste muito simples" + "Tirar as patentes ao português" + "Uma patente chamada Acordo de Londres" + "Língua portuguesa fora do regime europeu de patentes" +  "Português vai desaparecer como língua de trabalho na UE”.]

A bravata serôdia contra o português

«É no quadro europeu que, paradoxalmente, a afirmação internacional do Português não só não avança, como mais tem recuado e decaído», escreve o autor neste artigo que se transcreve com a devida vénia do jornal "Público" de 25/08/2015 – em resposta ao artigo "A pseudodefesa do português", assinado pelo eurodeputado (PSD) Paulo Rangel, também no jornal "Público".

[Desta mesma controvérsia, sobre a exclusão do português do sistema de patentes da União Europeia, ver ainda o segundo artigo de resposta do mesmo autor, “A soberania contra a língua” + “A fraude da patente unitária europeia” + "Português vai desaparecer como língua de trabalho na UE".]

A pseudodefesa do português

«Esta guerra em pretensa defesa da língua portuguesa [no regime de patentes da União Europeia, que a limitou ao inglês, ao francês e ao alemão] não passa de uma bravata serôdia», escreve neste artigo o eurodeputado português (PSD) Paulo Rangel, contestando posições diametralmente opostas, nomeadamente as do ex-deputado do CDS José Ribeiro e Castro e dos 2500 subscritores da petição contra a exclusão do português.

Estamos à altura da língua que temos?<br> Um teste muito simples

Artigo-reflexão da autoria do deputado português José Ribeiro e Castro e publicado no Diário de Notícias, em 31/05/2015, sobre «o último acto de um dossiê deplorável». Trata-se da aprovação, em 10/04/2015, pelo parlamento português, do Acordo relativo ao Tribunal Unificado de Patentes, que impõe o uso do inglês, do francês e do alemão ao regime europeu de patentes, excluindo outras línguas, entre elas, o português.

Uma série de artigos do autor sobre a subalternidade da língua portuguesa no sistema linguístico de patentes da União Europeia — que aqui se encontram disponíveis — levou a uma resposta da presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INIP). A réplica saiu no jornal Público de 25/03/2011, que aqui se regista, na íntegra.

«A língua portuguesa é e continuará a ser um desígnio nacional, mas também o é a defesa da competitividade das empresas», escreve a presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, em artigo escrito para o jornal Público de 5 de Março de 2011, a primeira voz oficial portuguesa a contrapor os argumentos críticos do deputado José Ribeiro e Castro, sobre a subalternidade da língua portuguesa no sistema linguístico de patentes da União Europeia (UE).

«Consumou-se a primeira etapa de um “lusocídio” — a  exclusão do português do regime europeu de patentes», escreve o deputado do CDS, e presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, em artigo publicado no diário Público [de 21/02/2011]. Sobre o mesmo tema, e o mesmo autor, vide O português pelo cano. Como chama o leitor a isto? e Requiem pela língua portuguesa.

«Não pode haver uma “1.ª divisão de línguas” europeias sem o português, a terceira língua europeia global», escreve o deputado do CDS José Ribeiro e Castro, em artigo publicado no semanário Expresso de 19/02/2011, a propósito da imposição, apenas, do inglês, do francês e do alemão no regime europeu das patentes.

Artigo publicado no jornal i de 14 de Fevereiro de 2011, onde se critica o papel do Governo português na questão do regime linguístico das patentes, na União Europeia.

No programa do actual Governo [português] escreveu-se: «A agenda do Governo para retomar o crescimento da nossa economia, de modo a integrá-la na sociedade do conhecimento consiste em convocar o país para a inovação.»

Num mercado cada vez mais competitivo, inovar, ser diferente já não é uma opção, mas antes uma obrigação. (...)