O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
«Um elefante na sala»
Uma mescla de expressões idiomáticas

O conhecimento da língua portuguesa evita confusões ou o mau uso da mesma. Foi o que não aconteceu ao líder  do  PSD,  Rui Rio, ao criticar a forma como o Governo português tentou resolver a greve dos motoristas, confundiu a expressão «um elefante (ou touro) na loja de porcelanas» com «um elefante na sala».  De qualquer modo – como assinala o  jornalista Luís M. Faria, em texto que se transcreve a seguir, da Revista do semanário Expresso, do dia 24 de agosto de 2019 – ficou pelo menos o mérito de ter trazido o elefante para o discurso político...

O estranho caso dos burros, <br> que por vezes mudam de cor e pensam
À volta de duas expressões populares portuguesas

A origem de duas expressões «cor de burro quando foge» e «a pensar morreu um burro», neste  texto autoria  da lexicógrafa Ana Salgado, transcrito, com a devida vénia do blogue Gerador, do dia 21 de agosto de 2019.

Que animais se escondem na língua portuguesa?
Os bichos nas expressões idiomáticas

Olhar com atenção para as palavras que, todos os dias, nos saem da boca – foi o que fez o professor universitário e tradutor Marco Neves, em texto publicado no seu blogue Certas Palavras, com data de 7 de abril de 2019*. «Com a pulga atrás da orelha… aqui ficam vinte animais do português»...

 

Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Morrer
Na expressividade, única, da língua portuguesa

«Quinar», «pifar» ou mesmo  «lerpar»; «abotoar o sobretudo de madeira», «vestir o pijama de madeira», ir «para o andar de cima», «para o jardim das tabuletas»  ou «estudar botânica por baixo» – são algumas das expressões reunidas nesta crónica do escritor, tradutor e professor universitário João Pedro George «bem reveladoras do talento especial da língua portuguesa  para troçar com a ideia da morte».

* artigo publicado na revista Sábado n.º 777, de 21/03/2019, escrito conforma a norma ortográfica de 1945.


20 frases feitas e o seu significado
A expressividade no discurso

Confundidas frequentemente com os provérbios populares, as frases feitas caracterizam-se por ter um sentido implícito. Outra particularidade das frases feitas: a facilidade de memorização, têm dicção fácil, facilidade de compreensão e brevidade de palavras. É, o caso, entre outras, de «fossanga», «aguçar o dente», «baralhar e tornar a dar», «bater com o nariz na porta», «dar corda aos sapatos», «é esperto, mas não caça ratos», «encanar a perna à rã», «não andar (muito católico» ou «ser mais papista que o Papa» – como se regista nesta lista disponível no portal brasileiro NCultura, com data de 29 de janeiro de 2019.

Qual é a origem da expressão «amigos de Peniche»?
Uma expedição do tempo dos reis espanhóis

Texto do professor universitário e tradutor Marco Neves, respigado do seu blogue Certas Palavras, com a data de 13 de dezembro de 2018 – em que o autor, natural ele próprio de Peniche, transcreve o episódio d’ A Baleia que Engoliu Um Espanhol, escrito anteriormente, onde  alude aos «amigos de Peniche».

Alguma coisa foi

«Está maldisposto? Tem a cabeça leve, o estômago em sobressalto? Alguma coisa foi.» Nesta sua crónica  transcrita do jornal Público do dia 15 de novembro de 2018Miguel Esteves Cardoso guia-nos por entre a utilização  da expressão «alguma coisa foi», mostrando como esta funciona como explicação para os mais diversos acontecimentos. 

À volta da expressão «nem por isso»   <br> e de outras que tais
Sobre a «alforreca das respostas negativas», segundo Miguel Esteves Cardoso...

«O nem por isso é a alforreca das respostas negativas. O que mais enfurece nela é a falta não-absoluta de significância», glosava Miguel Esteves Cardoso, na sua crónica no jornal "Público", do dia 21/07/2014: «"Nem por isso": toda a gente sabe o que quer dizer, mas qual é o "isso" por que ocorre o "nem"? (...)» Quatro anos depois, voltou ao tema, para ele ainda não esclarecido, da falta de lógica gramatical desta expressão de uso corrente na coloquialidade dos portugueses. Dela e de outras similares aborda o texto a seguir.  

As muitas formas de dizer adeus

Um artigo do linguista brasileiro Aldo Bizzocchi, publicado em 29/06/2015, no blogue associado à edição em linha da revista Língua Portuguesa, no qual o autor confronta as fórmulas de despedida em português com as de outros idiomas: «as fórmulas de despedida sempre contêm algo de esperançoso: o desejo do reencontro, o de que quem parte o faça em paz e o de que Deus guie os passos do viajante.»

A saudação «Boas!»

Crónica do escritor português Miguel Esteves Cardoso sobre uma fórmula de saudação que está a disseminar-se coloquialmente, no português de Portugal. Transcrição da sua coluna no jornal Público, em 9 de julho de 2015.