Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
Anatoliy Trubin vs. Roger Schmidt
Estrangeiros (não) falando português, em Portugal

Um, o recém-contratado guarda-redes ucraniano do Benfica entende que um futebolista estrangeiro, em Portugal, deve aprender a comunicar em português. O outro, o alemão Roger Schmidt,  logo que chegou a Portugal para treinar o Benfica, deixou bem claro ao que vinha: só falaria em inglês, ponto. Com a vassalagem dos jornalistas portugueses...

«Atuação» = «a tua ação»?!...
Mais um engenhoso e inventivo exercício de paraetimologia

«Espanta-me sempre a criatividade dos falantes nestas corruptelas» – declara o consultor Paulo J. S. Barata a propósito de uma entrevista televisiva em que uma etimologia falsa (paraetimologia), a da palavra atuação, teve intuito retórico e oratório.

Portaria, <i>concierge</i>, <i>sky flat</i> e a Fintech House
Dois exemplos a propósito do ambiente multilingue de Lisboa

«Francamente, embora percebendo que o alvo desta empresa é um público internacional, e que comunica sobretudo em inglês, a atual língua franca do mundo, seria exigível, em minha opinião, quanto mais não fosse por respeito e integração no país de acolhimento, que ao menos os textos aparecessem também em vernáculo» – argumenta Paulo J. S. Barata, acerca do uso do inglês e de outras línguas na comunicação pública escrita que se pratica em Lisboa. 

«
«Esta é a massa de que tu gostas» ou outra formulação?

«Neste caso nem sequer é só um erro ortográfico, é uma sintaxe falha de tudo e que faz com que nem o sentido seja unívoco…» – observa o consultor Paulo J. S. Barata a respeito da péssima sintaxe de um anúncio afixado num restaurante lisboeta.

Novo <i>mood</i> da publicidade
Será a língua inglesa obrigatória na publicidade?

«Não raro é encontrarmos em anúncios na rua , em Portugal, frases como "Novo mood, novo look", por exemplo, em alusão às novidades trazidas pela Rádio Comercial, como o logótipo, ou "Mãe, no need to freak out. Se não está nos files, deve estar na cloud. Já checkaste?", como publicidade ao Wall Street Institute.»

Considerações da consultora Sara Mourato, num apontamento acerca do uso do inglês em dois textos publicitários. Será essencial a opção por esta língua neste contexto?

«Just complaining, queria eu dizer»
A falta de zelo pela língua em Marvila (Lisboa)

«Temos o dever de zelar por um património falado por 300 milhões de pessoas e porque há momentos em que nos sentimos orgulhosos. Da nossa língua.»

Crónica do escritor e editor Francisco José Viegas publicada no Correio da Manhã de 19 setembro 2023, a propósito do excesso de nomes ingleses numa nova área comercial e cultural na freguesia lisboeta de Marvila. Texto aqui transcrito com a devida vénia, com título e subtítulo da responsabilidade editorial do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.

Tipo imagina
Um modismo especialmente irónico

«[A expressão "tipo imagina"] é uma moda linguística especialmente irónica porque o falante intima o interlocutor a imaginar enquanto evidencia uma falta de imaginação bastante aflitiva.»

 Crónica do humorista Ricarco Araújo Pereira publicada no semanário Expresso em 15 de setembro de 2023, escrita segundo a norma ortográfica de 1945.

A continuada resistência ao género feminino
Do futebol às séries policiais com mulheres

caso do beijo do presidente da Federação de Futebol espanholaLuis Rubiales, na receção da seleção feminina campeã mundial, só veio dar mais realce à resistência no emprego do género adequado de cargos, profissões e tarefas tradicionalmente exercidos apenas por homens. Recorrente nas desleixadas traduções e legendagens televisivas de séries policiais com mulheres, nos canais de cabo.

Um regalo para os olhos<br> e o seu contrário para os ouvidos
A propósito do Portugal-EUA entre mulheres

A tradicional resistência (dos homens) em seguirem o género feminino ao que é exercido pelas mulheres voltou a ouvir-se na transmissão televisiva do jogo Portugal-EUA disputado em Auckland, na Nova Zelândia.

O virote com a palavra <i>media</i>
Na comunicação social portuguesa

A saltitante palavra media... conforme o que calha a quem a escreve ou a pronúncia em Portugal.